Incoerência arquitetônica existencial

Li um post hoje no blog do Alencastro que me fez pensar...
Já confabulamos muito sobre isso nos corredores do escritório onde trabalho.
A velha discussão entre jovens X experientes. Os jovens sentem dificuldade para ingressar no mercado de trabalho, precisam de nome, precisam de network. Não muito diferente do processo que acontece nas outras profissões.
Aí o que buscamos: os concursos! Pena que muitas vezes com preços abusivos de inscrição, o que já quebra as pernas de muita gente.
Por outro lado já ouvi que os concursos são plataformas e artifícios usados pelos menos experientes para ganhar o, já mencionado acima, nome no mercado, e por isso perdem credibilidade entre os que tem mais estrada no currículo.
Em uma mão temos os recém formados que não foram ainda engolidos pelo mercado imobiliário e assim conseguem ser mais ousados, mais conceituais, só que menos realistas. Na outra mão temos os arquitetos com 20 anos de prancheta que nos derrubam quanto a experiência de obra.
Sempre achei absurdo arquiteto abrir escritório próprio com menos de 10 anos de profissão. Para encarar um projeto com total excelência, é preciso ter passado por muito executivo de CAD para saber exatamente o que é plausível na área da construção.
Mas o que é plausível acaba sendo menos criativo?
Será que só eu passo por essa incoerência arquitetônica existencial?

3 comentários:

Pedro Pinhel disse...

bonito o blog novo, hein?

já tá linkada no OPS!

beijo e boa sorte,

Anônimo disse...

Acho uma pena que a arquitetura brasileira seja tão dividida - entre escritórios que atendem só o mercado e os mais conceituais, etc., que só querem fazer coisas mais artesanais. Será que não dá pra fazer arquitetura boa e ponto?

tangerine disse...

concordo!! é uma pena mesmo...
como eu queria ser arquiteta e ganhar dinheiro só com boa arquitetura!!!